29.12.10

ANTAgonizando



Todos os dias estava com ela, sentia que tudo a minha volta tivesse paz e silêncio. Ela nunca falava, só me ouvia os desabafos, os maus humores, me abraçava no seu abraço artificial, eu deixava de lutar com tanta facilidade, por ela tava cego só queria a sua atenção. Quando vinha a noite deitava comigo na cama e como um manto cobria me, era a sim que eu adormecia. Mas um dia me senti tão mal precisei dela, mas ela não veio. Pedi ajuda chorei, gritei para que ela me ouvisse, mas nada além do silêncio e uma dor pelo corpo todo. Então rezei na esperança que tudo passasse. Deitado nu, ouvi, uma voz que parecia vir de longe, tão suave disse que ela nunca foi minha amiga, e que não existia nenhuma amiga era tudo fruto de minha cabeça. Eu quase sem poder, respondi; como sabia que não era amiga?! A voz suave respondeu; a droga não tem amigos pelo contrário nos destrói aos poucos até a morte. Disse-lhe adeus, agradecendo aquela voz. Mas já era tarde demais porque minha amiga artificial já tinha me tirado tudo até o último suspiro da mina vida.

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