19.1.11

Para Noiva ...



Eu te garanto que teremos dificuldades,
Eu te garanto que um dia um de nós,
Ou os dois vai querer pular fora,
Mas eu te garanto que se eu não te pedir para ser minha,
Eu vou me arrepender pelo resto da minha vida
Pois em meu coração você é única para mim
A única que poderá mudar
Com a força do amor
Todas as diferenças que existem
Neste meu coração de pedra
Mas uma coisa te juro
Nada passará em vão
Pois mesmo com o seu coração nas mãos
Serás meu anjo, e para sempre
Te guardarei em meu coração


O Sorriso de Um Palhaço



            Abriram-se as cortinas vermelhas
            das lonas azuis estreladas.
            – Atenção garotada!…
            Grita o mestre de cerimônias.
            – O show agora vai começar.
            E lá no alto da arquibancada
            para o picadeiro a olhar,
            estava eu bem sentada
            com minha atenção voltada,
            para o palhaço a pular.

            Em meio a tanta alegria
            meu coração disparava.
            Meu Deus!… quanto magia
            o circo me despertava.
            E justo naquele dia,
            mais um ano eu completava.

            No meio do show, de repente,
            parado a minha frente
            estava o palhaço “Buzão”,
            trazendo no rosto, contente,
            um doce e singelo presente
            que aflorou minha emoção.

            Nada mais bonito existe,
            que o sorriso de um palhaço…
            Que faz outro rosto sorrir.


A Dama




A Dama Branca que eu encontrei,
Faz tantos anos,
Na minha vida sem lei nem rei,
Sorriu-me em todos os desenganos.

Era sorriso de compaixão?
era sorriso de zombaria?
Não era mofa nem dó. Senão,
Só nas tristezas me sorriria.

E a Dama Branca sorriu também
A cada júbilo interior.
Sorria como querendo bem.
E todavia nçao era amor.

Era desejo? - Credo! de tísicos?
Por histeria... quem sabe lá?
A Dama tinha caprichos físcos:
Era uma estranha vulgívaga.

Era... era o gênio da corrupção.
Tábua de vícios adulterinos.
Tivera amantes: uma porção.
Até mulheres. Até meninos.

Ao pobre amante que lhe queria,
Se lhe furtava sarcástica.
Com uns perjura, com outros fria,
Com outros má,

- A Dama Branca que eu encontrei,
Há tantos anos,
Na minha vida sem lei nem rei,
Sorriu-me em todos os desenganos.

Essa constância de anos a fio,
Sutil, captara-me. E imaginais!
Por uma noite de muito frio,
A Dama Branca levou meu pai.

'As Horas Que Passam...'



O relógio canta as horas que passam,
O tempo que me empurra,
O sono que o corpo acalma.
O relógio crava-me rugas na alma,
Dores no corpo que mirra,
Memórias dos dias que não voltam.

A Lua diz que amanhã ainda volta,
Mais bela que jamais,
Mais airosa que alguma vez.
A Lua sabe o quão feliz me fez
A mim e a outros mais,
A quem libertou da revolta.

O corpo pede-me que o alimente
Que o estime e não fuja,
Que não me deite para não mais levantar.
O corpo pede outro corpo para amar,
Alguém que não tenha a alma suja,
Alguém que como eu também sente.

Os anos alimentam-me a sabedoria,
Saber para saber viver,
Dão-me olhos para ver a Lua.
Os anos dão-me essa beleza, só tua,
Oferecem-me os dias para te ver,
Dão-me a força que eu mais queria.


Pobreza



"hoje eu vivo de reflexão em razão da minha proximidade com a realidade."

Padre e Poemas



Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!

Mario Quintana


Solidão



As vezes me sinto sozinho no mundo eu bem sei...
Que as paredes não falam,não ouvem, não são alguém


A solidão me sufoca me maltrata
Sim eu sei, como é dificil viver longe de quem
se quer bem.

Deito em minha cama e vejo as horas, se arrastarem...
Eu também estou me arrastando, procurando...
Onde estão...

Onde estão minhas forças, minha vontade
Onde foram então
Procuro em todos os cantos, nos livros e na televisão
e só encontro encontro solidão... e só encontro solidão

Mesmo assim eu mantenho minha cabeça sempre erguida e sigo fortalecendo a minha fé em Deus, pois eu sei que a partida
não está perdida se eu acreditar e me manter do
bem... Nem sempre a vida é bonita e isso não é segredo
pra ninguém mas é assim que ela ensina ensina a ter coragem
pra ir além, pra ir além...


A solidão....


Mulata



Olhos abertos
Bem abertos
E olho-te
Mulata linda
Mulata que;
Rebola.
Ao som
--De tudo...
--Do calor...
--Do batuque...
--E da vida...
E tu mulata
Deixas o teu feitiço
Entrar no meu
Corpo
E eu não me sacio.

E fico a olhar
E a ver o teu
Rebolar
E sentir-te,
A deixares-me
Enfeitiçar!


O Nada



O Nada trazendo
a beleza,da tristeza.
Nada mais importa,
depois
que se fecha a porta.
Nada restando.
Para Nada olhando...
Vamos andando?
Nada vi
Um poema para o Nada
Que gente danada,
que pra poesia não dá nada.

Alimento e Fome



A comida é única, acrescenta.
É coisa tão bela que alimenta.

Mas todo alimento é comida,
Como louca paixão, fortifica.

E sem pudor arde conveniente.
Ato amante, par, conseqüente.

Comida farta no link do olhar,
Fome voraz, modo de convidar.

Desejo pra saciar tantas fomes
Pena que haja escassez de fontes.


Poesia de um Playboy



Hoje meu coração chora
A tristeza me toma conta
Tudo por causa de um fora
Que levei de uma tonta

Era a “mina” mais gatinha
Eu estava mô apaixonado
E achava que ela tava na minha
Mas estava completamente enganado

Cheguei nela com maior respeito
Mas ela ficou uma fera
Quando tentei pegar nos seus peito
Eu disse então “já era”

Mas apesar do NÃO
E daquele soco na minha cara
Lá dentro meu coração
Dizia “bicho não pára”

Resolvi ouvi-lo então
Porque sou do tipo conquistador
Que não é nenhum Ricardão
Mas se acostuma rápido com a dor

Fiquei triste, e parti então para poesia
Não queria aceitar o fim
Fiz um verso que dizia
Mais ou menos assim:

“Gata tu erradia o espaço
Teu corpo me excita
E faz-me descabelar o palhaço
Pensando na tua periquita”

Quando ela terminou de ler
Pensei “agora ganho um beijo”
Porque toda mina gosta de ver
Um poema que inspira desejo

Mas rapá uma coisa vou lhe falar
Acho que ela não gostou do que leu
Meu deu um chute naquele lugar
Que fez tudo virar um breu

Mas sabe como é
Agente não pode desitir
Porque ela é o tipo de mulé
Que vale apena persistir

Com muita angustia
Me recuperei da dor
Fui à lutia
Atrás de meu amor

Pensei estar fazendo algo de errado
Então uma rosa lhe mandei
Com um cartão bem arrumado
Onde nele eu falei:

“Mina queria te pedir desculpa
Acho que não fui correto
Reconheço minha culpa
Vou tentar fazer do jeito certo”

Até aqui foi na paz
Mas quando continuou a ler
Ehh!!! Meu rapaz....
Se liga que se vai ver

“É culpa minha, mina do coração
Acho que fui um pouco ignorante
Querendo pegar nos seus peitão
Sem ter me apresentado antes

E quando vim cá historia de poesia
Devia ter escolhido o tema certo
Não ter falado do meu dia-a-dia
Que pra mim é fazer sexo

Talvez eu seja um mal educado
Mas eu fui criado assim
E como te quero ao meu lado
Não vou desistir vou até o fim”

Achei que devia colocar O final
Aqueles finais mô esnobe eu sei
Mas que mulher gosta e tal
Então fiz um onde falei

“Mina a vida pra mim é uma novela
Onde você é a atriz principal
E eu sou aquele cara
Que quer te fazer feliz”

Segundo ela o final foi legal
Exceto pela parte no verso que dizia
O tamanho do meu pau
E o sucesso que fazia

O pior foi que ela mostrou pro pai
O homem tinha uns 2 metros de altura
Vei pro meu lado eu gritei “SAI!!!”
Já era tarde tava cavada minha sepultura

O fim dessa história de “amor”
É uma lição que vou deixar
“Não se acostume com a dor
E aprenda a respeitar”


6.1.11

5.1.11

Taças Vazias



Eu e ela... brincamos sempre.
Às vezes brindamos taças vazias,
às vezes sonhando enquanto todos dormem.
Eu e ela...fugimos sempre.
Às vezes pelos corredores da casa,
às vezes roubando luas de madrugadas acesas.
Eu e ela, nos misturamos sempre:
Em aquarelas, em telas surreais do imaginário.
Eu e a poesia, estamos sempre em estado de alerta.


O Vinho



"O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente...ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se você bebe moderadamente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã...Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida gentilmente à uma agradável alegria."

SÓCRATES