roupas impostas
para que eu possa
e mesmo que nunca o faça,
que me feche, ou amofine,
visto roupas, para ser aceita
por quem tantas vestes, veste,
para que "ele" venha assim sorrateiro
fale de mim
e já no fim me defina
Define, dando fim
no que sou,
levando de mim o que dou
e deixando de dar, me oprime
num regime,
do que tenho que ser
do que não posso dizer,
coloca capas sobre mim
me faz ser assim!
E me veste, como se vestia
como se algum dia
Eu insisto em investir
contra as roupas,
que embora poucas
expõem marcas
trazem slogan do que sou
mas nunca,
nunca deixam transparente
o que sou verdadeiro,
o meu eu por inteiro
E assim meio demente,
plena ou doente
então me cubro de seda,
fingindo também não ferir!
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